segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Rio Grande-RS

Em 1531, uma frota foi confiada a Martin Afonso de Souza, que tinha como objetivo expulsar os corsários franceses da Costa brasileira, além de ir até o sul do estuário do Rio da Prata e fundar um ou mais núcleos de povoamento. A navegação foi feita próxima da Costa, permitindo observações que resultariam na descoberta de vários acidentes geográficos, entre os quais, a barra por onde o caudal da Lagoa dos Patos é despejado no Oceano Atlântico.
Era o dia em que o calendário eclesiástico recorda a Cátedra de Pedro, que partindo de Antioquia, chegara a Roma para iniciar, no poderoso Império, a pregação do Cristianismo. A data inspirou o topônimo equivocado: Rio de São Pedro.
Posteriormente, para diferenciar de outro rio, que levava o mesmo nome do Padroeiro da Igreja, passou a ser chamado de Rio Grande de São Pedro, devido a sua grande dimensão.

Fachada da Catedral de São Pedro, a mais antiga do estado do Rio Grande do Sul,
no Largo Dr. Pio - Rio Grande - RS
Em 1680, Portugal funda a Colônia do Sacramento, na margem esquerda do estuário do Prata, defronte a Buenos Aires.
Próximo à barra chamada do Rio Grande de São Pedro, único acesso oferecido à navegação na costa contínua, deveria estabelecer-se o núcleo pioneiro, de onde Portugal faria irradiar o povoamento, consolidando a posse da terra.
Favorecendo a infiltração de seus súditos, através de Laguna (Santa Catarina) implantada em 1684, Portugal assentara a base de ocupação do Continente de São Pedro, através de estabelecimentos de criação de gado a ocupar grandes extensões de terra. Essa ocupação fez sentir a necessidade de assistência religiosa e, antes de qualquer ação oficial, que estendesse a soberania lusitana ao Continente cobiçado, uma Provisão de 6 de agosto de 1736 criava a Freguesia de São Pedro, a abranger todo o seu território.
Cidade mais antiga do Rio Grande do Sul, Rio Grande foi fundada em 19 de fevereiro de 1737, pelo Brigadeiro José da Silva Paes, que comandava uma expedição militar portuguesa, destinada a assegurar aos lusitanos, a posse de terras no Sul, objeto de disputa entre Portugal e Espanha, materializada em batalhas, onde se defrontavam luso-brasileiros e castelhanos em terras hoje gaúchas e uruguaias.
Ponto estratégico para a consecução dos objetivos de denominação lusa, a Barra do Rio Grande de São Pedro, constituía-se no acesso ideal para que aqui se instalasse um reduto militar que, efetivamente, garantisse a presença portuguesa no Sul, mesmo após a queda da Colônia do Sacramento.
Em 1737, o Brigadeiro José da Silva Paes transpôs a Barra do Rio Grande de São Pedro, aqui fundando o presídio do Rio Grande, e erguendo o Forte Jesus, Maria e José. Nascia assim a primeira povoação do Rio Grande do Sul. Em 1751, o povoado foi elevado à condição de vila.

Monumento Brigadeiro José da Silva Paes na praça Xavier Ferreira (Centro)

Com o crescimento da Vila, em 1760 o Rio Grande, que até então estava sujeito a Capitania de Santa Catarina, passou a ser a Capital da nova Organização Administrativa, a Capitania do Rio Grande de São Pedro.
Mas os conflitos entre Portugal e Espanha, por disputa de terras no extremo sul, ainda eram constantes. Assim, a Vila foi ocupada pelos Espanhóis em 1763, que aqui permaneceram por 13 anos, quando em abril de 1776, o Governo Português reconquistou a Vila, graças a ação do Sargento-Mor Rafael Pinto Bandeira.
Em 1835, a Vila do Rio Grande de São Pedro, passou a denominação de Cidade do Rio Grande.
Com a Revolução Farroupilha, Rio Grande retornou a condição de Capital da Província, devido a transferência da Sede do Governo Imperial de Porto Alegre, ameaçada pelos Farroupilhas, para o nosso Município.

Monumento e túmulo do General Bento Gonçalves, no centro da Praça Tamandaré,
Rio Grande - RS


Centro da Cidade do Rio Grande

O município do Rio Grande é o mais antigo do Estado e guarda nas suas ruas e avenidas belos prédios e monumentos. Os traços da arquitetura portuguesa do século passado estão em todos os cantos, chamando a atenção e encantando os visitantes. A colonização portuguesa, seus prédios antigos tombados e recuperados, as atrações turísticas e gastronômicas fazem do Rio Grande um município especial.
Os visitantes têm uma grata surpresa, pois, Rio Grande sempre recebe bem quem a visita.
Através deste breve histórico, você está conhecendo um pouco da cidade do Rio Grande, Patrimônio Histórico do Rio Grande do Sul, também, conhecida como NOIVA DO MAR.

Câmara de Vereadores da cidade do Rio Grande, situada na rua General Vitorino

Prédio dos Correios e Telégrafos na rua General Neto

Banca de Peixe do Mercado Público Municipal e, ao lado, a parte de trás da Biblioteca
Rio-grandense

Fórum do Rio Grande, na AV. Silva Paes esquina Benjamin Constant

Vista aérea do Superporto do Rio Grande

Nenhum comentário:

Postar um comentário