segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Rio Grande-RS

Em 1531, uma frota foi confiada a Martin Afonso de Souza, que tinha como objetivo expulsar os corsários franceses da Costa brasileira, além de ir até o sul do estuário do Rio da Prata e fundar um ou mais núcleos de povoamento. A navegação foi feita próxima da Costa, permitindo observações que resultariam na descoberta de vários acidentes geográficos, entre os quais, a barra por onde o caudal da Lagoa dos Patos é despejado no Oceano Atlântico.
Centro da Cidade do Rio Grande

Era o dia em que o calendário eclesiástico recorda a Cátedra de Pedro, que partindo de Antioquia, chegara a Roma para iniciar, no poderoso Império, a pregação do Cristianismo. A data inspirou o topônimo equivocado: Rio de São Pedro.
Posteriormente, para diferenciar de outro rio, que levava o mesmo nome do Padroeiro da Igreja, passou a ser chamado de Rio Grande de São Pedro, devido a sua grande dimensão.
Com o crescimento da Vila, em 1760 o Rio Grande, que até então estava sujeito a Capitania de Santa Catarina, passou a ser a Capital da nova Organização Administrativa, a Capitania do Rio Grande de São Pedro.

Fachada da Catedral de São Pedro, a mais antiga do estado do Rio Grande do Sul,
no Largo Dr. Pio - Rio Grande - RS
Mas os conflitos entre Portugal e Espanha, por disputa de terras no extremo sul, ainda eram constantes. Assim, a Vila foi ocupada pelos Espanhóis em 1763, que aqui permaneceram por 13 anos, quando em abril de 1776, o Governo Português reconquistou a Vila, graças a ação do Sargento-Mor Rafael Pinto Bandeira.
Em 1835, a Vila do Rio Grande de São Pedro, passou a denominação de Cidade do Rio Grande.
Em 1680, Portugal funda a Colônia do Sacramento, na margem esquerda do estuário do Prata, defronte a Buenos Aires.
Próximo à barra chamada do Rio Grande de São Pedro, único acesso oferecido à navegação na costa contínua, deveria estabelecer-se o núcleo pioneiro, de onde Portugal faria irradiar o povoamento, consolidando a posse da terra.
Monumento Brigadeiro José da Silva Paes na praça Xavier Ferreira (Centro)

Favorecendo a infiltração de seus súditos, através de Laguna (Santa Catarina) implantada em 1684, Portugal assentara a base de ocupação do Continente de São Pedro, através de estabelecimentos de criação de gado a ocupar grandes extensões de terra. Essa ocupação fez sentir a necessidade de assistência religiosa e, antes de qualquer ação oficial, que estendesse a soberania lusitana ao Continente cobiçado, uma Provisão de 6 de agosto de 1736 criava a Freguesia de São Pedro, a abranger todo o seu território.

Cidade mais antiga do Rio Grande do Sul, Rio Grande foi fundada em 19 de fevereiro de 1737, pelo Brigadeiro José da Silva Paes, que comandava uma expedição militar portuguesa, destinada a assegurar aos lusitanos, a posse de terras no Sul, objeto de disputa entre Portugal e Espanha, materializada em batalhas, onde se defrontavam luso-brasileiros e castelhanos em terras hoje gaúchas e uruguaias.
Câmara de Vereadores da cidade do Rio Grande, situada na rua General Vitorino

Ponto estratégico para a consecução dos objetivos de denominação lusa, a Barra do Rio Grande de São Pedro, constituía-se no acesso ideal para que aqui se instalasse um reduto militar que, efetivamente, garantisse a presença portuguesa no Sul, mesmo após a queda da Colônia do Sacramento.
Em 1737, o Brigadeiro José da Silva Paes transpôs a Barra do Rio Grande de São Pedro, aqui fundando o presídio do Rio Grande, e erguendo o Forte Jesus, Maria e José. Nascia assim a primeira povoação do Rio Grande do Sul. Em 1751, o povoado foi elevado à condição de vila.

Monumento e túmulo do General Bento Gonçalves, no centro da Praça Tamandaré,
Rio Grande - RS

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Não Me To que-RS

  Os indícios das primeiras instalações na Região do Planalto Médio, Microrregião do Alto Jacuí, datam da 1ª metade do século XIX com a fixação do elemento luso que se dedicou a pecuária originando as estâncias em meados de 1827.
Em fins do século, novos elementos colonizaram a região. De origem ítalo -germânica, os imigrantes provindos das Colônias Velhas do Rio Grande do Sul, vieram dar início a atividade agrícola. O povoado de Não-Me-Toque prospera são construídas as primeiras capelas da religião católica e outra da protestante. Em 1904 funda-se a primeira Escola Evangélica.
Nessa época a vila de Não-Me-Toque pertencia a Passo Fundo sendo que, anteriormente fez parte do território de Cruz Alta e de Rio Pardo, este último um dos quatro primeiros municípios gaúchos. Depois de ser segundo distrito de Carazinho, o município consquistou sua emancipação política administrativa em 18 de dezembro de 1954, pela Lei Estadual nº 2555, sendo instalado oficialmente em 28 de fevereiro de 1955.


Paróquia Cristo Rei-www.pastoral.com.br
Paróquia Cristo Rei

Principais Pontos Turísticos

CASA DE CULTURA DR. OTTO STAHL
Rua Cel. Alberto Schmidt, 518 - Localizada no centro da cidade. Casa em estilo alemão, em madeira, construída em 1929. Conserva as características do estilo. No interior está o museu - Horário: 8h15 às 11h30min e 13h30min às 17h.
MONUMENTO AO IMIGRANTE ALEMÃO
Obelisco construído na praça central em 1924, (centenário da Imigração Alemã). No seu interior foram colocados jornais, revistas e outros escritos em alemão. No lado frontal foi colocado, em 1974, (Sesquicentenário) o busto da Imperatriz D. Leopoldina, grande incentivadora da Imigração Alemã. MONUMENTO Dr. OTTO SCHMIEDT. Busto em bronze, encontra-se localizado na praça central. Homenageia o primeiro médico local.
CARTA TESTAMENTO
Localizada no centro da praça. Em placa de bronze, encontra-se escrita a Carta Testamento de Getúlio Vargas.
CASCATA COPACABANA, CASCATA MONTENEGRO E CASCATA DA PASTA
Locais de beleza natural preservada. Particular.

BALNEÁRIO DO LOTÁRIO

Piscina construída com lajes, árvores, local para camping, cancha para bocha, churrasqueiras, banheiros, infra-estrutura, uma fonte abastece de água a piscina. Particular.

PARQUE DONA LEOPOLDINA

Área com árvores nativas, quiosque, cozinha, banheiros, churrasqueiras, piscina e lagoa.
PRAÇA DR. OTTO SCHMIEDT
Preserva inúmeras espécies de árvores. Possui: parque infantil, bancos, altar da Pátria e monumentos.
FUNDAÇÃO GUILHERME AUGUSTIN
Grande área com árvores nativas, campo de futebol, ginásio de esporte, pequeno salão de festas, banheiros, cozinha, parque infantil. Particular.
ROTA DAS TERRAS – UMA REGIÃO A SER DESCOBERTA
O palco é o Rio Grande do Sul. O cenário, a Rota das Terras, um consórcio formado por municípios de diferentes regiões: Alto Jacuí, Planalto e Central. O espetáculo, belezas naturais, cores, aromas que seduzem à primeira vista. A região possui uma relação muito próxima com as águas e com a geração de energia elétrica, à partir da formação do maior lago artificial do Estado – os Alagados do Passo Real e da Barragem de Ernestina. Bonitas e agradáveis, as cidades proporcionam atrações diversificadas, eventos, muitas festas, gastronomia, artesanato.


Fazenda- eltonstrada

Fazenda- eltonstrada

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Anta Gorda-RS

A história conta que o nome originou-se devido a existência de antas, espécie animal avantajado que teria sido abatido na região. Sendo que, quando alguém queria referir-se a região, dizia: Lá em Anta Gorda. Daí a denominação ser utilizada até hoje.
Em 1915, passou a ser segundo distrito de Encantado. Em 26 de dezembro de 1963, pela Lei Estadual noº 4686, é criado o município de Anta Gorda, e a instalação deu-se em 7 de abril de 1964.

Igreja Matriz-Darlan Corral
Igreja MatrizPrincipais Pontos Turísticos




GRUTA NOSSA SENHORA DO CARAVAGGIO

Localizada na Linha Pedro Álvares Cabral, a 14Km da sede, possui uma bela queda dágua, cercada por paisagens naturais.

trilha
trilha


GRUTA NOSSA SENHORA DE LOURDES
A gruta é conhecida como a maior gruta da América Latina, com 30 metros de largura, 3 metros de altura e 115 metros de comprimento, sendo considerada um dos mais belos pontos turísticos do vale do Taquari. Todos os anos, no segundo domingo de fevereiro, acontece no local uma grande romaria, com participantes de todo o país e até mesmo do exterior. Com reservas antecipadas, serve-se almoço e janta. A gruta localiza-se no distrito de Itapuca, a 17Km da sede do município, recebendo visitação diariamente.

parque
parque


CASCATA DO MOINHO
Apresenta várias quedas dágua, com altura média de 20 metros,que formam um imenso lago, cercado por paredões e vegetação natural.Localiza-se na Linha Primeira Itapuca, a 11Km da sede.

Anta Gorda
Anta Gorda


SALTO DO ZÉ INÁCIO
Cascata com queda dágua de aproximadamente 15 metros de altura, cercada por vegetação natural. Possui trilhas até o local. Situa-se na Linha Segunda, a 10Km da sede do município.

Anta Gorda
Anta Gorda


ROTA VALES E MONTANHAS
O Vale do Taquari reúne diversos atrativos e diferentes culturas: portuguesa, alemã e italiana, com sua rica gastronomia e costumes. Municípios participantes: Anta Gorda, Arroio do Meio, Arvorezinha, Bom Retiro do Sul, Canudos do Vale, Capitão, Colinas, Coqueiro Baixo, Cruzeiro do Sul, Dois Lajeados, Doutor Ricardo, Encantado, Estrela, Fazenda Vila Nova, Forquetinha, Ilópolis, Imigrante, Lajeado, Marques de Souza, Mato Leitão, Muçum, Nova Bréscia, Paverama, Poço das Antas, Pouso Novo, Progresso, Putinga, Relvado, Roca Sales, Santa Clara do Sul, Sério, Tabaí, Taquari, Teutônia, Travesseiro, Vespasiano Corrêa, Westfália.

Vista da Cidade-por balen1967
Vista da Cidade-por balen1967

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Gramado-RS

A região de Gramado foi desbravada inicialmente por descendentes de açorianos, os chamados tropeiros, que utilizavam a região para o descanso do gado. A região permaneceu quase despovoada até 1913, quando começaram a chegar os descendentes de imigrantes alemães e italianos, os quais somaram suas características culturais ao povoado em formação. Tornou-se município em 1954.
 
                                                   
Gramado foi desmembrado de Taquara e São Sebastião do Caí. Os primeiros moradores da região não eram elementos estrangeiros e teriam ali se estabelecido em 1875. Tempos após, em 1913, colonos descendentes de alemães e italianos ali se estabeleceram, iniciando o povoamento.

Sua denominação parece ter-se originado de um pequeno campo que ali havia e que servia de lugar de repouso.

É sabido que Gramado é um município filho de Taquara e neto de Santo Antônio da Patrulha. "O movimento emancipacionista de Nova Petrópolis foi precipitado pelo fato de que Gramado desejava emancipar-se de Taquara e para garantir a população necessária, propôs anexar Linha Araripe, Linha Brasil e Linha Imperial".

A população destas linhas até já tinha assinado as linhas de adesão a Gramado, quando se iniciou o movimento emancipacionista de Nova Petrópolis, incentivada por São Sebastião do Caí. Da discussão, ficou com Gramado a parte já mencionada. Existem registros de quatro topônimos, ao menos, anteriores ao nome "Gramado".

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Gravatai-RS

A História de Gravataí começa oficialmente em abril de 1763, com a fundação da Aldeia de Nossa Senhora dos Anjos, no entanto, o contexto de sua introdução na História do Rio Grande do Sul, é um pouco anterior a esta data e não podemos ignorá-lo. Como a Coroa Portuguesa estava expandindo seus domínios ao sul do continente americano, costumava povoá-lo concedendo cartas de sesmarias a quem já habitava estas terras. Foi o caso de Pedro Gonçalves Sandoval, natural de Lima, no Peru, que recebeu a primeira sesmaria, pois já habitava o chamado rincão de Gravataí, nos campos de Viamão, hoje Viamão. Ainda na mesma época, o capitão João Lourenço Veloso também recebia autorização de posse das terras que habitava no mesmo rincão, mais a nordeste, próximo ao morro ltacolomi. Parte destas terras seria comprada pela coroa portuguesa para assentamento da então Aldeia dos Anjos. Era o primeiro arranchamento da aldeia, transferido posteriormente para as atuais terras centrais de Gravataí. A fundação da Aldeia dos Anjos está inserida no ambiente de disputa ibérica pela posse do território ao sul da América.



estancia provincia de são pedro
Em conseqüência desse conflito, milhares de guaranis fugiram para o território português, concentrando-se nas imediações do Rio Pardo, atual Santa Maria.

Portugal e Espanha, desde tempos pré-coloniais, abancavam um no território de outro. Chegavam assim, ao Tratado de Madrid, de 1750, estipulando que Portugal devolveria a Colônia de Sacramento, fundada em território espanhol em troca dos Sete Povos das Missões, mais a nordeste. Para ocupar a região trocada, os portugueses trariam colonos do arquipélago dos Açores, conjunto de nove ilhas no meio do Oceano Atlântico, que estava superpovoado. O Tratado não se efetivou, pois os índios que habitavam os Sete Povos, negavam-se a sair de suas terras, ocorrendo a Guerra Guaranítica.

Zebras
Zebras

Deste contingente de refugiados, cerca de mil índios guaranis foram trazidos pelo Capitão Antônio Pinto Carneiro para as proximidades do Rio Gravataí, em 1762, iniciando o povoamento da emergente Aldeia dos Anjos. Portanto, a Aldeia já existia de fato antes de sua fundação oficial. Coma confusão gerada na região missioneira, os colonos açorianos foram ocupando outras áreas Vale do Rio Jacuí, litoral norte e o Vale do Rio Gravataí. As primeiras concessões de terras em território gravataiense, por açorianos, datam de 1772. A Aldeia dos Anjos teria seu período de apogeu a partir de 1772, com a chegada de José Marcelino de Figueiredo, Governador da Província de São Pedro, que urbanizou o aldeamento, construindo escolas, olarias e moinhos. Em 1795, foi desmembrada da Freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Viamão e, em 1806, elevada à categoria de Freguesia, ou seja, distrito de Porto Alegre. Outra data significativa para os destinos da antiga Aldeia dos Anjos, foi 1880, pela Lei de 11 de junho, emancipando-se de Porto Alegre, ganhando a condição de Vila, passando a chamar-se, Vila de Nossa Senhora dos Anjos de Gravataí. As últimas décadas do século XIX, registraram um significativo desenvolvimento para a cidade, sobretudo, a partir do cultivo da mandioca, sendo inclusive a farinha, exportada para outras partes do país e também para o exterior, através do Passo das Canoas. A farinha de mandioca garantiu desenvolvimento econômico para o município até a primeira metade do século XX. Na década de 30, assumiria o governo do município o Dr. José Loureiro da Silva, configurando nova fase desenvolvimentista para Gravataí. Entre as suas principais realizações, estão à implantação do sistema de energia elétrica na cidade, o alargamento e calçamento das primeiras ruas, a construção da faixa ligando Gravataí a Porto Alegre, e o projeto urbanístico atual do centro da cidade.

Sseminário São José-Foto:Jé Machado
Sseminário São José
Outra grande conquista para o município, foi a instalação do Complexo Industrial da General Motors, uma das indústrias mais bem estruturadas do mundo. O anúncio da sua instalação foi feito dia 17.03.1997, data que ficará como marco de desenvolvimento do município, visto que esta grande empresa veio juntar-se ao Parque Industrial de grande porte e ao comércio bastante desenvolvido da cidade. Gravataí já se encontra numa situação privilegiada como um dos maiores e mais importante municípios da Região Metropolitana. 

Novo marco na História municipal viria nas décadas de 60 e 70, com a instalação das primeiras indústrias e a criação do Distrito Industrial e construção da FREE-WAY, com acesso à Gravataí.

Pampa Safari
Pampa


TURISMOPrincipais Pontos Turísticos



Atrativos Culturais
Igreja Matriz Nossa Senhoras dos Anjos
O prédio começou a ser construído em 1772, em estilo barroco português.


Vista Parcial do Morro Itacolomi
Vista Parcial do Morro Itacolomi


Colégio Dom Feliciano
Primeira escola particular do município. Mantido pelas irmãs do Imaculado Coração de Maria, o Colégio possui um arco que liga a escola de um prédio ao outro, sobre a av. José Loureiro da Silva. o nome é uma homenagem ao Bispo Dom feliciano, primeiro Bispo do estado e décimo brasileiro. Hoje na Praça que leva seu nome há um monumento em sua homenagem.
 

Pôr-do-Sol na Cidade
Pôr-do-Sol na Cidade



A sede da prefeitura, construída em estilo eclético, guarda características do neoclássico e do moderno. Adquirido em 1894 para a instalação da intendência municipal, o prédio foi reformado em 1996. 

Capela Santa Cruz

Construída para abrigar uma cruz, feita pelos índios, a capela era local de adoração e preces dos habitantes do povoado de Gravataí. Em 1909 a capela estava em ruínas, e com donativos da comunidade foi iniciada a sua reconstrução, concluída em 1944. 


Seminário
Seminário


Museu Municipal Agostinho Martha
Seu acervo é composto por peças que contam a história colonial da região do Vale do Rio Gravataí, destacando-se a moenda de cana, o tear manual, bem como todo o complexo artesanal da tecelagem. O Museu possui uma sala com móveis da região dos Açores, em Portugal. No local também está o Arquivo Histórico Municipal. Na terceira quarta-feira de cada mês, ocorre o Sarau no Museu. 

Casarão dos Fonseca

Conhecido também como Solar das Magnólias, foi conhecido em 1877, e possui características da arquitetura colonial portuguesa, trazida pelos colonos açorianos. Em estilo sobrado, na arquitetura do casarão destacam-se o telhado, feito de telha canoa com beiradas, e as janelas em estilo guilhotina. O local está em estudo para restauração e será a futura sede da Casa dos Açores do RS.

Pedra dos Covardes
Pedra dos Covardes


Casarão dos Bina
Em estilo português datado de 1882, o casarão faz parte de uma propriedade rural com cerca de 40 hectares, denominada Sítio do Sobrado. O porão da casa abrigou uma senzala com grande número de escravos. Atualmente abriga a Fundação Municipal do Meio Ambiente. Na última sexta-feira de cada mês ocorre o Seresta no Casarão.

Atrativos Naturais 
Parque Ambiental
Situa-se no centro da cidade, possuindo uma área de 29 mil m², abrigando diversas espécies de fauna e flora.

Pampa Safari
Parque de 320 hectares aberto à visitação motorizada, com passeio entre as diversas espécies animais criadas em liberdade. Possui área de lazer, museu ao ar livre. Visitações aos sábados e domingos, das 09h30min às l7horas.

Morro Itacolomi
Localizado na região da Serra Geral, tendo acesso pela RS 20, parada 84. O Morro Itacolomi é um dos marcos da cidade de Gravataí, constando inclusive no brasão da cidade.

Lagoa
Lagoa


Prainha de Morungava
Situada na parada 96 da RS 20, é uma bela área de lazer e camping, possui campo de futebol, mesas, churrasqueiras, lago com pedalinho, trenzinho, lancheria. Funciona de terças a domingos. 

Fazenda do Tio Pedro - Centro de Lazer

Local com piscinas, canchas de esportes, churrasqueiras, restaurante e lancheria panorâmicos.Funciona de terça à domingo, acesso pela parada 96 da RS 20.

Cascatinha Morungava

Formada por duas cascatas. O local possui infra-estrutura com lancheria, restaurante, churrasqueiras ebanheiros. Funciona diariamente das 8h às 19h. Localiza-se na Estrada da Cascata, 1800, com acesso pela parada 101 da RS 20. 
Gravataí foto por Rogerio Takashi
Gravataí

Rio Gravataí

É a principal alavanca do desenvolvimento da região. Seu manancial abastece uma população de cerca de 1 milhão de pessoas. suas águas são utilizadas na indústria, nas lavouras, na criação de gado e nas atividades de lazer e recreação. No século XIX, o rio transportava a farinha de mandioca produzida na cidade para Porto Alegre, através do Passo da Canoas.


Seminário São José foto por Flavio Fernandes
Seminário São José foto por Flavio Fernandes

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Guaíba-RS

No atual território do município de Guaíba, encontramos sítios arqueológicos representativos da cultura Guarani. Segundo Laroque (2002), a primeira e mais antiga Tradição * localizada nos campos abertos ao longo da borda do rio Sinos, Cai, Taquari, Pardo, Jacuí e Laguna dos Patos é a Tradição Umbu, conhecida também, como o povo da flecha. Estas populações indíginas teriam vivido entre 10.000 e 6.000 A.C. “Os Guarani, pertencentes à Família Lingüística Tupi-Guarani e portadores da Tradição Ceramistas Tupiguarani ocupavam as várzeas dos grandes rios como o Uruguai, Jacuí e seus afluentes ou junto à Laguna dos Patos totalizavam a maior parte da população. Eram horticul-tores e ótimos ceramistas, mas também se dedicavam à caça e à pesca, além de praticarem a antropofagia” (LAROQUE, 2002,p.115).
É possível afirmar que nas terras onde temos o município de Guaíba, ocorreram muitos confrontos entre índios e colonizadores, tanto espanhóis como portugueses.

Plataforma-Foto:Paulo Cesar Ribeiro
Plataforma

Estas populações sofreram violenta redução demográfica, lutaram por seu espaço. Porém, o avanço colonial e nacional os empurrou para a desestruturação cultural e a redução física de seu território, causando sérias conseqüências que atingem seus descendentes até hoje.
A disputa de fronteiras travada nos domínios sul-americanos entre Portugal e Espanha envolveu, também, a área que compreende o atual município de Guaíba.
Antigo ancoradouro-Foto:F2007
Antigo ancoradouro

A distribuição das sesmarias foi um sistema utilizado pela coroa portuguesa durante o Brasil Colônia, para que terras devolutas , no sul do Brasil, fossem ocupadas.O sesmeiro, de origem portuguesa ou açoriana, deveria ocupar as terras com a criação do gado vacum, cavalar e muar, erguer a sede da sesmaria e benfeitorias como olaria, charqueadas, galpões, senzalas, capela, cemitério e arvoredos, além de organizar economicamente suas terras, deveria também defendê-las militarmente a favor de Portugal a fim de evitar a ocupação espanhola e guarani.
“Depois da vitória sobre os espanhóis (1776), todo o território ao sul do Rio Jacuí foi ocupado pelos portugueses, até os limites determinados, em 1777, pelo Tratado de Santo Idelfonso. Foram distribuídas sesmarias em toda esta área.” (VELLINHO, 1970,p.182).

Igreja Matriz, Nsa Srª do Livramento, Por Lucas Pedruzzi
Igreja Matriz, Nsa Srª do Livramento

As terras, pertenceram à sesmaria de Antônio Ferreira Leitão. Concedida oficialmente em 1793, possuia três léguas de comprimento e uma légua de largura (13 km²). Ferreira Leitão era casado com Maria Meirelles de Menezes , neta de Jerônimo de Ornelas, sesmeiro que se estabeleceu nos altos do Morro Santana (Porto Alegre) em 1732.

Cipreste Farroupilha, Por Lucas Pedruzzi
Cipreste Farroupilha

O povoado das Pedras Brancas, ao que tudo indica, surgiu na segunda metade do século XIX, por ser ponto de parada obrigatória para o gado. Assim, surgem as charqueadas com a presença da mão-de-obra escrava, do peão campeiro, dos tropeiros e tropas de gado em nossa região. Surgiu então, um pequeno vilamento com infra-estrutura voltada para a economia pastoril. Ao mesmo tempo, as terras do atual município de Guaíba eram passagem para todos aqueles que, da região Sul e Oeste, desejassem chegar até Porto Alegre.

Cais pela manhã, Por Lucas Pedruzzi
Cais pela manhã

A travessia era feita pelas águas do Lago Guaíba. Para o escoamento da produção e transporte de passageiros foram utilizados, inicialmente, pirogas (embarcações indígenas), canoas, barcos a vela e na segunda metade do século XIX o barco a vapor.
A denominação Pedras Brancas está vinculada à formação rochosa existente na região, com aproximadamente 600 milhões de anos, e que apresenta as rochas mais antigas do planeta, entre elas granito em forma de monólitos ou matações. Este tipo de rocha é característico do Escudo Riograndense (Lutznberger, 1982).

Matadouro São Geraldo, Por Lucas Pedruzzi
Matadouro São Geraldo
A antiga sesmaria de Antônio Ferreira Leitão passou, por herança, para sua filha Dona Isabel Leonor, casada com José Gomes de Vasconcelos Jardim.Esta fazenda foi escolhida pelos líderes farroupilhas como ponto de encontro para as últimas tratativas referentesà tomada de Porto Alegre, por ser um local estratégico militar. Na casa de Gomes Jardim (mais tarde vice-presidente da República Riograndense) e sob a sombra do Cipreste Histórico, foram acertados os planos para a invasão da capital da província o que ocorreu às 23 horas da noite do dia 19 para 20 de setembro de 1835. Gomes Jardim.liderando 60 homens, partiu da conhecida Praia da Alegria para atravessar o Guaíba e unir-se às forças de Onofre Pires que já esperavam na margem esquerda.


Guaíba Berço da Revolução Farroupilha

Prédio Antigo, Centro Guaíba , Por Lucas Pedruzzi
Prédio Antigo, Centro Guaíba

“O título, Guaíba Berço da Revolução Farroupilha surgiu na década de 60, quando um CTG de Porto Alegre, chamado Maragato, e com sede provisória em Guaíba, em um desfile de cavalarianos no 20 de setembro, carregou uma faixa com estes dizeres, homenageando o município. Deste momento em diante a população guaibense nunca mais deixou de citar a homenagem recebida” (Gaston Leão).
Segundo o escritor Fernando Worm, a Igreja Nossa Senhora do Livramento foi fundada por alvará imperial de S. Majestade D. Pedro II em 17 de fevereiro de 1857. O terreno foi doado por D. Isabel Leonor por promessa feita à Mãe de Jesus, para a qual pediu, no momento do parto, que protegesse a sua vida e a do filho que esperava. A elevação da Capela do Distrito das Pedras Brancas à condição de Freguesia marca o processo de transformação da antiga fazenda em incipiente vila.

Praia da Alegria, Por Lucas Pedruzzi

No ano de 1860 encontram-se as primeiras demarcações de lotes com os respectivos nomes de ruas, caracterizando assim o início do processo de urbanização.
No Rio Grande do Sul a corrente imigratória reiniciou com o término da Guerra Farroupilha (1845). Mais tarde em 1889 chegaram à Serra do Herval (denominada assim até 1889), colonos poloneses, italianos e alemães. A demarcação dos lotes terminou em outubro de 1888, envolvendo 34 quadras e mais de 200 lotes. No início a vila era chamada de Vila Bela, depois Serro Negro e finalmente de Mariana Pimentel. A colônia de Sertão Santana foi criada em 1893 por iniciativa particular, predominando os imigrantes alemães Os colonos dedicaram –se à agricultura familiar, tendo como principais produtos a batata doce, o fumo, o arroz, o milho e a criação de animais. Quanto aos imigrantes suíço-valesanos, estes chegaram no ano de 1895 na localidade conhecida como Serrinha e Cêrro Maximiliano.

Matadouro São Geraldo, Por Lucas Pedruzzi
Matadouro São Geraldo

O ano de 1926 foi o ano da emancipação política do então 9º distrito de Porto Alegre – Pedras Brancas. O desejo de emancipação expressou o sentimento de auto-suficiência econômica e política. O município de Guaíba criado pelo decreto nº 3.697, de 14 de outubro de 1926 do Presidente do Estado Borges de Medeiros, foi formado a partir dos territórios de Pedras Brancas, Barra do Ribeiro e Mariana Pimentel ; respectivamente 9º, 10º e 11º distritos de Porto Alegre.
O que significa Guaíba:
O município criado em 14 de outubro de 1926 foi batizado de Guaíba em homenagem ao Lago Guaíba. Esta denominação aparecia em antigos textos e mapas do século XIX. Segundo Theodoro Sampaio, a palavra Guaíba é de origem tupi: Gua-ybe e tem o sentido de “baia de todas as águas” . A grafia antiga era Guahyba.

* Em arqueologia Tradição é o conjunto de materiais com características semelhantes, reunindo em geral diversas fases, dentro de um espaço físico e temporal.

Luar no Guaíba-Foto:Alex Souza
Luar no Guaíba

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

São Nicolau-RS

Fundados pelos padres jesuítas no Rio Grande do Sul, conhecidos também como Missões Orientais.

São eles: São Nicolau (atual município de mesmo nome); São Francisco Borja (atual São Borja); São Luiz Gonzaga (atual município de mesmo nome); São Miguel Arcanjo (atual São Miguel das Missões); São Lourenço Mártir (atual São Lourenço das Missões); São João Batista (atual Entre-Ijuís) e Santo Ângelo Custódio (atual Santo Ângelo).

Os Sete Povos fazem parte de um importante capítulo da história do Rio Grande do Sul. Deram origem a cidades prósperas, auxiliaram na delimitação de fronteiras, e foram tema para a formação de um grande folclore regionalista de tom heróico em torno das figuras dos padres e dos índios, dentre os quais em especial Sepé Tiarajú. A cultura desenvolvida nestes centros chegou a alto nível de complexidade em termos de arte, urbanismo e harmonia social, e suas relíquias ainda podem ser vistas nos sítios arqueológicos e nos museus regionais. Sua importância é tamanha que foi digna da atenção da UNESCO, e o acervo de estatuária que se preservou e está espalhado em coleções privadas e públicas é hoje patrimônio nacional tombado pelo IPHAN.

São Miguel das Missões foi considerado Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade pela UNESCO, em dezembro de 1983.

Os Sete Povos das Missões

São Nicolau foi o primeiro dos sete povos a ser fundado; sendo seu nome escolhido em homenagem ao padre Nicolau Duran Mastrilli que se tornou Santo da Igreja Católica ao qual se atribui a origem da figura do PAPAI NOEL.

Os primeiros habitantes da região eram ameríndios do grupo tupi-guarani, dóceis por natureza, o que favoreceu o trabalho de catequese dos padres da Companhia de Jesus.
Em 3 de Maio de 1626, foi fundada a Redução de São Nicolau e rezada a primeira missa em solo riograndense.
 

Ruínas da Praça Roque Gonzalez


No começo de 1683, a Bandeira de Francisco Bueno, investe contra as Reduções, de São Carlo, Todos os Santos, Candelária e São Nicolau, nesta última, houve, um sangrento combate em que os indígenas são totalmente derrotados e, na retirada, os portugueses levam consigo dois mil índios cativos. O que, faz parte do primeiro ciclo da Evangelização Jesuítica.

Em 2 de fevereiro de 1687, fundava-se novamente São Nicolau, com cerca de três mil indígenas, provenientes da planície Argentina. Muitos indígenas que haviam sido derrotados na invasão de 1683, regressaram, trazendo seus apetrechos e trataram de recuperar as taperas, enquanto dedicavam-se à lavoura.

Praça Roque Gonzales

Depois de um ano de intenso trabalho de recuperação, abateu-se sobre o povoado, um intenso furacão, que o destruiu. Voltaram ao trabalho de recuperação, e decorrido mais um ano, um incêndio destruiu novamente a maior parte do povoado. Passadas, porém estas adversidades, o povoado volta a prosperar. Instalaram-se olarias e carpintarias, demarcaram-se as ruas, refizeram-se as casas e o Templo. O Templo construído era majestoso. Não se sabe exatamente quem teria sido o fandador de São Nicolau nesta etapa, o certo, porém, é que o Padre Anselmo de La Mata quem concluiu a Igreja. São Nicolau torna-se o mais populoso povoado e o que tinha os maiores rebanhos de gado, ovinos e equinos.

Em 1732, a população atingia o número de 7.751 pessoas. No final do século XVIII, durante a epidemia de varíola, este povo foi o mais atingido, havendo grande mortalidade.

Em 1750, o Tratado de Madrid, acordo de limites entre Espanha e Portugal, tenta transmigrar os Sete Povos das Missões da banda Oriental para a banda Ocidental do Rio Uruguai. Este tratado provoca a Guerra Guaranítica (1753/1756).

Em 1761, o rei Carlos III anula este Tratado, voltando aquelas terras ao domínio da Espanha (Jesuítas e Guaranis).
 


Em 1801, os Sete Povos das Missões, entre eles São Nicolau são conquistados pelos Portugueses, passando novamente a fazer parte do Brasil.

Em 1854, São Nicolau foi incorporado ao Município de Cruz Alta. Em 1857, passou a fazer parte de São Borja, em 1873 de Santo Ângelo e em 1830 à São Luiz Gonzaga.

Em 31 de março de 1938, São Nicolau passou a categoria de Vila.

Passou a condição de município de acordo com a Lei Estadual 5.104, de 23 de novembro de 1966.


domingo, 20 de fevereiro de 2011

Porto Xavier-RS

  Porto Xavier é um dos recentes municípios do Alto Uruguai. Seu povoamento deu-se pelo ano de 1870 com o nome inicial de São Francisco Xavier, depois de São Xavier, Cerro Pelado e consolidou-se como Porto Xavier, devido a ser porto sobre o rio Uruguai e o nome primitivo. A origem do atual território começa com as Reduções Jesuíticas, fundadas pelo Padre Roque Gonzales, na primeira metade do século XVII, na Região das Missões. Historiadores relatam, que pela Fundação da Redução de San Javier, no ano 1626, em frente a esta cidade e no mesmo nome, na margem direita do rio Uruguai, bem como a Redução de Assunção do Ijuí, no ano de 1628, distante cerca de 15km de Porto Xavier, ali se iniciou a povoação. conforme fazem referência muitos estudiosos do assunto, os Mamelucos, no período de um século, não mais causaram incômodos à região dos Sete Povos das Missões. Em 1916, com a criação da Mesa de Renda Alfandegadas, passou a denominar-se de Porto Xavier. A importância da localização geográfica de Porto Xavier, como elo da ligação e intercâmbio entre Brasil e Argentina, ficou bem evidenciado. Em 15 de maio de 1966, tomava posse o primeiro administrador, interventor Federal, nomeado pelo Presidente da república e com isso Porto Xavier efetivamente passou a Município, tornando-se independente política e administrativamente.

Balça Rio Uruguai Fronteira Brasil
Balça Rio Uruguai Fronteira Brasil

ROTA MISSÕES
Pelo Tratado de Tordesilhas, em 1494, era estabelecida a divisão do território sul-americano entre Portugal e Espanha. Toda a região de atuação da Província Jesuítica do Paraguai, atualmente Praguai, Argentina, Uruguai e parte do Brasil, pertencia à coroa espanhola. Nesta área foram organizados pelos jesuítas trinta povos que, por 150 anos, abrigaram mais de 100 mil guaranis numa sociedade altamente desenvolvida, tornando-se uma experiência única no mundo.

Vista do Porto
Vista do Porto


Em 1750, com o Tratado de Madrid, as reduções localizadas em território hoje brasileiro passam a pertencer à Portugal. Este fato desencadeou a Guerra Guaranítica, onde surge o lendário guerreiro guarani Sepé Tiaraju e seu brado heróico: ...esta terra tem dono!

Rio
Rio

Somente circulando na região missioneira, visitando seus marcos, convivendo com sua gente, ouvindo suas histórias é possível sentir o que foi a grandiosidade do conjunto de fatos históricos que aconteceram nestas paisagens.


Por do Sol na Ilha, Por Dirceu Taube Percincula
Por do Sol na Ilha, Por Dirceu Taube Percincula