quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Gravatai-RS

A História de Gravataí começa oficialmente em abril de 1763, com a fundação da Aldeia de Nossa Senhora dos Anjos, no entanto, o contexto de sua introdução na História do Rio Grande do Sul, é um pouco anterior a esta data e não podemos ignorá-lo. Como a Coroa Portuguesa estava expandindo seus domínios ao sul do continente americano, costumava povoá-lo concedendo cartas de sesmarias a quem já habitava estas terras. Foi o caso de Pedro Gonçalves Sandoval, natural de Lima, no Peru, que recebeu a primeira sesmaria, pois já habitava o chamado rincão de Gravataí, nos campos de Viamão, hoje Viamão. Ainda na mesma época, o capitão João Lourenço Veloso também recebia autorização de posse das terras que habitava no mesmo rincão, mais a nordeste, próximo ao morro ltacolomi. Parte destas terras seria comprada pela coroa portuguesa para assentamento da então Aldeia dos Anjos. Era o primeiro arranchamento da aldeia, transferido posteriormente para as atuais terras centrais de Gravataí. A fundação da Aldeia dos Anjos está inserida no ambiente de disputa ibérica pela posse do território ao sul da América.



estancia provincia de são pedro
Em conseqüência desse conflito, milhares de guaranis fugiram para o território português, concentrando-se nas imediações do Rio Pardo, atual Santa Maria.

Portugal e Espanha, desde tempos pré-coloniais, abancavam um no território de outro. Chegavam assim, ao Tratado de Madrid, de 1750, estipulando que Portugal devolveria a Colônia de Sacramento, fundada em território espanhol em troca dos Sete Povos das Missões, mais a nordeste. Para ocupar a região trocada, os portugueses trariam colonos do arquipélago dos Açores, conjunto de nove ilhas no meio do Oceano Atlântico, que estava superpovoado. O Tratado não se efetivou, pois os índios que habitavam os Sete Povos, negavam-se a sair de suas terras, ocorrendo a Guerra Guaranítica.

Zebras
Zebras

Deste contingente de refugiados, cerca de mil índios guaranis foram trazidos pelo Capitão Antônio Pinto Carneiro para as proximidades do Rio Gravataí, em 1762, iniciando o povoamento da emergente Aldeia dos Anjos. Portanto, a Aldeia já existia de fato antes de sua fundação oficial. Coma confusão gerada na região missioneira, os colonos açorianos foram ocupando outras áreas Vale do Rio Jacuí, litoral norte e o Vale do Rio Gravataí. As primeiras concessões de terras em território gravataiense, por açorianos, datam de 1772. A Aldeia dos Anjos teria seu período de apogeu a partir de 1772, com a chegada de José Marcelino de Figueiredo, Governador da Província de São Pedro, que urbanizou o aldeamento, construindo escolas, olarias e moinhos. Em 1795, foi desmembrada da Freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Viamão e, em 1806, elevada à categoria de Freguesia, ou seja, distrito de Porto Alegre. Outra data significativa para os destinos da antiga Aldeia dos Anjos, foi 1880, pela Lei de 11 de junho, emancipando-se de Porto Alegre, ganhando a condição de Vila, passando a chamar-se, Vila de Nossa Senhora dos Anjos de Gravataí. As últimas décadas do século XIX, registraram um significativo desenvolvimento para a cidade, sobretudo, a partir do cultivo da mandioca, sendo inclusive a farinha, exportada para outras partes do país e também para o exterior, através do Passo das Canoas. A farinha de mandioca garantiu desenvolvimento econômico para o município até a primeira metade do século XX. Na década de 30, assumiria o governo do município o Dr. José Loureiro da Silva, configurando nova fase desenvolvimentista para Gravataí. Entre as suas principais realizações, estão à implantação do sistema de energia elétrica na cidade, o alargamento e calçamento das primeiras ruas, a construção da faixa ligando Gravataí a Porto Alegre, e o projeto urbanístico atual do centro da cidade.

Sseminário São José-Foto:Jé Machado
Sseminário São José
Outra grande conquista para o município, foi a instalação do Complexo Industrial da General Motors, uma das indústrias mais bem estruturadas do mundo. O anúncio da sua instalação foi feito dia 17.03.1997, data que ficará como marco de desenvolvimento do município, visto que esta grande empresa veio juntar-se ao Parque Industrial de grande porte e ao comércio bastante desenvolvido da cidade. Gravataí já se encontra numa situação privilegiada como um dos maiores e mais importante municípios da Região Metropolitana. 

Novo marco na História municipal viria nas décadas de 60 e 70, com a instalação das primeiras indústrias e a criação do Distrito Industrial e construção da FREE-WAY, com acesso à Gravataí.

Pampa Safari
Pampa


TURISMOPrincipais Pontos Turísticos



Atrativos Culturais
Igreja Matriz Nossa Senhoras dos Anjos
O prédio começou a ser construído em 1772, em estilo barroco português.


Vista Parcial do Morro Itacolomi
Vista Parcial do Morro Itacolomi


Colégio Dom Feliciano
Primeira escola particular do município. Mantido pelas irmãs do Imaculado Coração de Maria, o Colégio possui um arco que liga a escola de um prédio ao outro, sobre a av. José Loureiro da Silva. o nome é uma homenagem ao Bispo Dom feliciano, primeiro Bispo do estado e décimo brasileiro. Hoje na Praça que leva seu nome há um monumento em sua homenagem.
 

Pôr-do-Sol na Cidade
Pôr-do-Sol na Cidade



A sede da prefeitura, construída em estilo eclético, guarda características do neoclássico e do moderno. Adquirido em 1894 para a instalação da intendência municipal, o prédio foi reformado em 1996. 

Capela Santa Cruz

Construída para abrigar uma cruz, feita pelos índios, a capela era local de adoração e preces dos habitantes do povoado de Gravataí. Em 1909 a capela estava em ruínas, e com donativos da comunidade foi iniciada a sua reconstrução, concluída em 1944. 


Seminário
Seminário


Museu Municipal Agostinho Martha
Seu acervo é composto por peças que contam a história colonial da região do Vale do Rio Gravataí, destacando-se a moenda de cana, o tear manual, bem como todo o complexo artesanal da tecelagem. O Museu possui uma sala com móveis da região dos Açores, em Portugal. No local também está o Arquivo Histórico Municipal. Na terceira quarta-feira de cada mês, ocorre o Sarau no Museu. 

Casarão dos Fonseca

Conhecido também como Solar das Magnólias, foi conhecido em 1877, e possui características da arquitetura colonial portuguesa, trazida pelos colonos açorianos. Em estilo sobrado, na arquitetura do casarão destacam-se o telhado, feito de telha canoa com beiradas, e as janelas em estilo guilhotina. O local está em estudo para restauração e será a futura sede da Casa dos Açores do RS.

Pedra dos Covardes
Pedra dos Covardes


Casarão dos Bina
Em estilo português datado de 1882, o casarão faz parte de uma propriedade rural com cerca de 40 hectares, denominada Sítio do Sobrado. O porão da casa abrigou uma senzala com grande número de escravos. Atualmente abriga a Fundação Municipal do Meio Ambiente. Na última sexta-feira de cada mês ocorre o Seresta no Casarão.

Atrativos Naturais 
Parque Ambiental
Situa-se no centro da cidade, possuindo uma área de 29 mil m², abrigando diversas espécies de fauna e flora.

Pampa Safari
Parque de 320 hectares aberto à visitação motorizada, com passeio entre as diversas espécies animais criadas em liberdade. Possui área de lazer, museu ao ar livre. Visitações aos sábados e domingos, das 09h30min às l7horas.

Morro Itacolomi
Localizado na região da Serra Geral, tendo acesso pela RS 20, parada 84. O Morro Itacolomi é um dos marcos da cidade de Gravataí, constando inclusive no brasão da cidade.

Lagoa
Lagoa


Prainha de Morungava
Situada na parada 96 da RS 20, é uma bela área de lazer e camping, possui campo de futebol, mesas, churrasqueiras, lago com pedalinho, trenzinho, lancheria. Funciona de terças a domingos. 

Fazenda do Tio Pedro - Centro de Lazer

Local com piscinas, canchas de esportes, churrasqueiras, restaurante e lancheria panorâmicos.Funciona de terça à domingo, acesso pela parada 96 da RS 20.

Cascatinha Morungava

Formada por duas cascatas. O local possui infra-estrutura com lancheria, restaurante, churrasqueiras ebanheiros. Funciona diariamente das 8h às 19h. Localiza-se na Estrada da Cascata, 1800, com acesso pela parada 101 da RS 20. 
Gravataí foto por Rogerio Takashi
Gravataí

Rio Gravataí

É a principal alavanca do desenvolvimento da região. Seu manancial abastece uma população de cerca de 1 milhão de pessoas. suas águas são utilizadas na indústria, nas lavouras, na criação de gado e nas atividades de lazer e recreação. No século XIX, o rio transportava a farinha de mandioca produzida na cidade para Porto Alegre, através do Passo da Canoas.


Seminário São José foto por Flavio Fernandes
Seminário São José foto por Flavio Fernandes

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