segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Erechim - RS

   A estrada de ferro Rio Grande do Sul/São Paulo, que no início do século atravessava regiões despovoadas e cobertas de matas virgens, foi responsável direta pelo surgimento de várias cidades ao longo de seu percurso. E foi assim, que em 1908 se originou o povoado de Paiol Grande, ocupado inicialmente por trinta e seis pioneiros, entre imigrantes europeus e outros vindos das terras velhas (Caxias do Sul), pela estrada de ferro.

                 

      Desprovido de um mínimo de conforto, ao colonizador restou ir à luta, desbravar, trabalhar e esperar pelos frutos do seu esforço. As quatro etnias que aqui se estabeleceram foram: alemã,  italiana,  polonesa e  israelita, que em sua maioria, vinham em busca de uma vida melhor. A pequena propriedade rural,  logo gerou o comércio, o aproveitamento da erva-mate, o cultivo dos barbaquás e carijós e os engenhos de serra  que serravam a madeira.

         


    Desbravar a nova terra era o objetivo dos pioneiros, que iniciaram os trabalhos de demarcação do futuro município. Devido ao clima, parecido com o europeu, continuaram afluindo imigrantes poloneses, italianos, alemães, franceses, austríacos e outros. Na época da colonização foi instaurada a chamada Comissão de Terras, que exercia papel preponderante para o desenvolvimento do município. Essa Comissão era responsável pela demarcação e financiamento de terras, cadastramento de imigrantes,  construção de hospedagens e abrertura de caminhos. Encarretava-se, também, de fornecer alimentos, material agrícola, sementes, assistência médica, além de aferir dados demográficos e climáticos de produção e exportação, bem como locar a sede do Município e promover a urbanização.
      O fato típico da colonização foi a variedade de etnias que para aqui vieram. O controle da colonização estava a cargo de descendentes portugueses, sendo que a chefia da Comissão de Terras era da responsabilidade do engenheiro Severiano de Souza Almeida.
      Em 1918, através do Decreto nº 2343, de 30 de abril, deixou de ser Distrito de Passo Fundo, tornando-se Município. Inicialmente, chamado de Paiol Grande e depois, sucessivamente de Boa Vista, Boa Vista de Erechim, José Bonifácio e finalmente Erechim.
      Este município sofreu bastante com as revoluções de 1923 e 1926. Erechim dedicou-se ao cultivo de cereais, sendo denominada a Capital do Trigo. Posteriormente perdeu grande parte de suas terras para a formação de novos municípios. Hoje conta com dois distritos: Jaguaretê e Capoerê.
      Decorridos mais de 84 anos de trajetória histórica, Erechim se transformou em cidade pólo do Alto Uruguai, integrando-se cada vez mais ao Mercosul, levando seu nome, seu trabalho e seu progresso além fronteiras.


  Cidade de Erechim - Década de 30

domingo, 30 de janeiro de 2011

Alecrim-RS

   Sua história começa a ser contada no início do século XX, quando o seu território era uma reserva indígena, habitada por índios guaranis, que povoavam principalmente as margens do rio Uruguai.

   Os primeiros colonizadores vindos das chamadas "Colônias Velhas" iniciaram a exploração dessas novas terras que até então pareciam um imenso tapete verde, pois haviam muitas matas e apenas a presença dos índios. Foi nessa época que surgiu o nome do Alecrim.


         


   Conta-se que os desbravadores e os agrimensores que para cá vieram para fazer as medições dessas terras, abrigavam-se sob as frondosas copas dessa árvore que era denominada de Alecrim. E que seus mantimentos, oriundos de Santo Ângelo(RS), eram destinados aos acampamentos de Alecrins, o que deu origem ao nome do atual Município.

          Escola de primeiro grau - Alecrim

   Desde 1920 até 1960, quando inicia-se o movimento emancipacionista, o Município pertenceu a Santo Ângelo, Santa Rosa, Santo Cristo e, finalmente no dia 09 de outubro de 1963, através da Lei Estadual 4.578, é criado o Município de Alecrim(RS). O povoamento acontece principalmente na década de 1930 e 1940.

         


   O município está localizado as margens do rio  Uruguai. A agroindústria, psicultura, diversificação da agricultura, turismo e outras atividades tem sido  incentivadas, tornando-se alternativas de produção. Nome anterior: Alecrim do Norte
 
                                      Igreja matriz de Alecrim
 
          Igreja matriz de Alecrim

sábado, 29 de janeiro de 2011

História de Tramandaí

Tramandaí, desde o século 18 servia de passagem para os que demandavam Laguna, centro regional, vindos do sul, ou que de São Paulo procuravam a então Colônia de Sacramento. Aventureiros, escravagistas paulistas em procura de índios, jesuítas espanhóis e soldados transitavam por tais paragens. No Rio Tramandaí, desde 1738, havia a “Guarda do Registro”, que controlava as mercadorias e tropas de gado que passavam pelo rio, cobrando uma espécie de pedágio.
O povoado de Tramandaí, no entanto, inicia-se oficialmente em 26 de outubro de 1732, quando Manoel Gonçalves Ribeiro ganha uma sesmaria que inclui essa região, e que se denominou “Paragem das Conchas”. Inicialmente, às margens do rio, surgiram ranchinhos de palha de tiririca-brejo, que os agricultores e forasteiros erguiam para a temporada da pesca. Com o tempo o povoado foi crescendo, sendo que em 1906 Tramandaí já era um balneário com cerca de 80 casas, ranchos de palha e casinhas de madeira cobertas de palha. Já funcionavam ali os hotéis da Saúde e Sperb. O peixe abundante tornou-se uma fonte de renda, ao lado do veraneio. Em 1908 foi construída a primeira capela na vila, denominada Nossa Senhora dos Navegantes.
Em 1939 é construída uma estrada de acesso a Tramandaí. A partir de então a vila começa a se desenvolver. Em 1968 é inaugurado o terminal da Petrobrás (TEDUT).
Tramandaí vai crescendo. Com a construção de novas casas para veranistas o setor de construção recebeu um grande incremento, empregando grande parte dos moradores locais. Surgiu um comércio dirigido aos veranistas. Passou então a existir uma Tramandaí de verão, onde tudo gira em torno do veraneio, e uma Tramandaí de todo o ano, tranqüila, acolhendo os seus residentes fixos.
Hoje Tramandaí é uma cidade com uma população de 35.000 habitantes, que chega a receber 350.000 veranistas no verão.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Guaiba-RS

      No atual território do município de Guaíba, encontramos sítios arqueológicos representativos da cultura Guarani. Segundo Laroque (2002), a primeira e mais antiga Tradição * localizada nos campos abertos ao longo da borda do rio Sinos, Cai, Taquari, Pardo, Jacuí e Laguna dos Patos é a Tradição Umbu, conhecida também, como o povo da flecha. Estas populações indíginas teriam vivido entre 10.000 e 6.000 A.C.
“Os Guarani, pertencentes à Família Lingüística Tupi-Guarani e portadores da Tradição Ceramistas Tupiguarani ocupavam as várzeas dos grandes rios como o Uruguai, Jacuí e seus afluentes ou junto à Laguna dos Patos totalizavam a maior parte da população. Eram horticul-tores e ótimos ceramistas, mas também se dedicavam à caça e à pesca, além de praticarem a antropofagia” (LAROQUE, 2002,p.115).
É possível afirmar que nas terras onde temos o município de Guaíba, ocorreram muitos confrontos entre índios e colonizadores, tanto espanhóis como portugueses.

         


        Estas populações sofreram violenta redução demográfica, lutaram por seu espaço. Porém, o avanço colonial e nacional os empurrou para a desestruturação cultural e a redução física de seu território, causando sérias conseqüências que atingem seus descendentes até hoje.
         A disputa de fronteiras travada nos domínios sul-americanos entre Portugal e Espanha envolveu, também, a área que compreende o atual município de Guaíba.
        A distribuição das sesmarias foi um sistema utilizado pela coroa portuguesa durante o Brasil Colônia, para que terras devolutas , no sul do Brasil, fossem ocupadas.O sesmeiro, de origem portuguesa ou açoriana, deveria ocupar as terras com a criação do gado vacum, cavalar e muar, erguer a sede da sesmaria e benfeitorias como olaria, charqueadas, galpões, senzalas, capela, cemitério e arvoredos, além de organizar economicamente suas terras, deveria também defendê-las militarmente a favor de Portugal a fim de evitar a ocupação espanhola e guarani.
  

         foto
“Depois da vitória sobre os espanhóis (1776), todo o território ao sul do Rio Jacuí foi ocupado pelos portugueses, até os limites determinados, em 1777, pelo Tratado de Santo Idelfonso. Foram distribuídas sesmarias em toda esta área.” (VELLINHO, 1970,p.182).
As terras, pertenceram à sesmaria de Antônio Ferreira Leitão. Concedida oficialmente em 1793, possuia três léguas de comprimento e uma légua de largura (13 km²). Ferreira Leitão era casado com Maria Meirelles de Menezes , neta de Jerônimo de Ornelas, sesmeiro que se estabeleceu nos altos do Morro Santana (Porto Alegre) em 1732.
        O povoado das Pedras Brancas, ao que tudo indica, surgiu na segunda metade do século XIX, por ser ponto de parada obrigatória para o gado. Assim, surgem as charqueadas com a presença da mão-de-obra escrava, do peão campeiro, dos tropeiros e tropas de gado em nossa região. Surgiu então, um pequeno vilamento com infra-estrutura voltada para a economia pastoril. Ao mesmo tempo, as terras do atual município de Guaíba eram passagem para todos aqueles que, da região Sul e Oeste, desejassem chegar até Porto Alegre.
              A travessia era feita pelas águas do Lago Guaíba. Para o escoamento da produção e transporte de   passageiros foram utilizados, inicialmente, pirogas (embarcações indígenas), canoas, barcos a vela e na segunda metade do século XIX o barco a vapor.
A denominação Pedras Brancas está vinculada à formação rochosa existente na região, com aproximadamente 600 milhões de anos, e que apresenta as rochas mais antigas do planeta, entre elas granito em forma de monólitos ou matações. Este tipo de rocha é característico do Escudo Riograndense (Lutznberger, 1982).



                 Matadouro São Geraldo Guaiba-RS
 
        

             A antiga sesmaria de Antônio Ferreira Leitão passou, por herança, para sua filha Dona Isabel Leonor, casada com José Gomes de Vasconcelos Jardim.Esta fazenda foi escolhida pelos líderes farroupilhas como ponto de encontro para as últimas tratativas referentesà tomada de Porto Alegre, por ser um local estratégico militar. Na casa de Gomes Jardim (mais tarde vice-presidente da República Riograndense) e sob a sombra do Cipreste Histórico, foram acertados os planos para a invasão da capital da província o que ocorreu às 23 horas da noite do dia 19 para 20 de setembro de 1835. Gomes Jardim.liderando 60 homens, partiu da conhecida Praia da Alegria para atravessar o Guaíba e unir-se às forças de Onofre Pires que já esperavam na margem esquerda.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Santo Antônio da Patrulha Principais Pontos Turísticos

Sala Açorianos
Exposição da indumentária açoriana, bem como de fotografias e artesanato.
Fonte Imperial
Monumento construído sob ordem de Dom Pedro I, aproveitando fonte natural dágua.
Casario Açoriano
Conjunto de casas com estilo arquitetônico açoriano, com média de 150 anos de construção.
 
Fundação Museu Anttropológico Caldas Júnior
Documentos, fotografias e jornais relçacionados à história do município.
Oratório de Santo Antônio
Local de oração, reflexão e fé, permite aos devotos de Santo Antônio maior contato com o sagrado. Próximo à Igreja Matriz e aos Caminhos da Fé, é parada obrigatória para quem deseja ter suas graças atendidas.
Caminhos da Fé
Viela que liga a igreja matriz ao Casario Açoriano, possui altares em homenagem a 20 santos. Local tranqüilo, perfeito para refletir, orar e pedir a ajuda divina.
Igreja Matriz de Santo Antônio
Inaugurada em 1928, levou um século para ser construída. Em estilo Renascentista, abriga uma estátua do padroeiro quase em tamanho natural e uma via-sacra de esmerada confecção artística.
Rota Monjolo
Trilhas ecológicas, lidas rurais, degustação de produtos coloniais e frutas da época.
Lagoa dos Barros
Balneário, ideal para prática de esportes náuticos, com área de lazer.
Gruta Nossa Senhora da Saúde
Gruta natural, de fácil acesso, localizada nas proximidades da Capela São Paulo, na localidade de Monjolo. É visitada por centenas de devotos, principalmente em 29 de novembro, dia da festa de Nossa Sra. da Saúde.
Parque da Guarda











Complexo de lazer construído para envolver o visitante num ambiente moderno, amplo e agradável. Possui uma área de 42 ha com infra-estrutura, oferecendo quadras esportivas, piscinas térmicas, academia de ginástica, danceteria, tudo isto junto à natureza, cercado por canaviais, parreirais e mata nativa.
 
Gastronomia
Delicie-se com o sonho, a cachaça (chamada de marisqueira ou azulzinha) e a rapadura.
Rota da Cachaça e da Rapadura
Rota formatada através de parceria entre o SEBRAE através do PRESTO (Programa Regional de Turismo Organizado), a Prefeitura Municipal, empreendedores locais e a comunidade.
A Rota Turística envolve 9 (nove) alambiques e 4 (quatro) indústrias de rapaduras, localizadas no interior do município, nas localidades de Montenegro e Palmeira do Sertão (entrada RS 030, no trecho Santo Antônio/ Osório) e Costa da Miraguaia (mesma RS 030, no trecho Gravataí/ Santo Antônio).
A Rota resgata a história de Santo Antônio da Patrulha, um dos 4 (quatro) municípios mais antigos do Estado e que teve seu desenvolvimento ligado a cultura da cana-de-açúcar, trazida pelos primeiros povoadores.
Todos os empreendimentos foram especialmente preparados para o recebimento de turistas e seus proprietários contam sua própria história, desde a abertura do negócio, quase sempre iniciado pelo pai ou avô, formas de fazer uma boa cachaça e rapadura, segredos, lendas e supertições, além de mostrarem a forma simples de vida de toda a comunidade local.

Rota Caminho das Águas
Lagoas, rios, dunas, cascatas, rochedos, matas e mar ostentam toda a imponência desta terra maravilhosa situada no litoral do Rio Grande do Sul.
Municípios participantes: Arroio do Sal, Balneário Pinhal, Capão da Canoa, Capivari do Sul, Caraá, Cidreira, Dom Pedro de Alcântara, Imbé, Itati, Mampituba, Maquiné, Morrinhos do Sul, Mostardas, Osório, Palmares do Sul, Rolante, Santo Antônio da Patrulha, Tavares, Terra de Areia, Torres, Tramandaí, Três Cachoeiras, Três Forquilhas, Xangri-lá.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Novo Hamburgo-RS

   Reconhecida em todo Brasil como a Capital Nacional do Calçado, Novo Hamburgo hoje está preparada para passos muito maiores, incentivando a vinda de novas empresas, tanto do Brasil quanto do exterior.
   Exemplo de educação no País, Novo Hamburgo conta com mão-de-obra qualificada, infra-estrutura completa e localização privilegiada frente ao Mercosul. Tem uma população profundamente marcada pela origem germânica. Uma cidade onde não falta seriedade, dedicação e gosto pelo trabalho.


      


    Novo Hamburgo surgiu na primeira metade do século XIX, a partir da colonização germânica de nosso Estado. Os primeiros imigrantes alemães chegaram ao Brasil em 1824, desembarcando em São Leopoldo. Logo espalharam-se por várias regiões do Vale do Rio dos Sinos , surgindo um núcleo em Hamburger Berg, hoje o bairro de Hamburgo Velho, que deu origem à cidade de Novo Hamburgo. Várias casas comerciais surgiram nas proximidades e para o local convergiu a vida social dos colonos.
               

    Em 1832 fundavam sua comunidade de culto evangélico e, por volta de 1850, surgiram os primeiros curtumes, as selarias e as oficinas dos sapateiros que abasteciam a província gaúcha com seus produtos artesanais. O progresso chegou definitivamente com a abertura de uma estrada de ferro, que acabou atraindo para as proximidades de sua estação o centro comercial do povoado. A industrialização dos manufaturados de couro entrou na vida da comunidade a partir do final do século passado. A eletricidade para mover motores colaborou para impulsionar o progresso social, cultural e político da região.

     

domingo, 23 de janeiro de 2011

Ijuí -RS

       O Município de Ijuí está localizado na região noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, distando aproximadamente 400 km da cidade de Porto Alegre. Possui área territorial de 674 Km2. A cidade possui 31,70 Km2 com (3.081 ha). Divisa, ao norte, com os Municípios de Ajuricaba, Chiapetta e Nova Ramada; ao sul com Augusto Pestana, Boa Vista do Cadeado e Cruz Alta; ao leste com Bozano, Panambi e Pejuçara e, ao oeste, com Catuípe e Coronel Barros.
       Ijuí ocupa o 24º lugar no Estado em população, contando com aproximadamente 100.000 habitantes, sendo o maior e mais importante centro populacional da região.
Possui um considerável parque industrial, um destacado comércio e um centro regional de prestação de serviços. Abriga uma das maiores cooperativas de grãos do cone Sul, hospitais de alcance regional e um das mais ativas universidades comunitárias do País, além de faculdades e escolas técnicas profissionalizantes das mais diversas especialidades e significativas escolas secundárias.





     O Município conta com agricultura diversificada. O setor industrial possui mais de 300 empresas nas áreas de metal-mecânica, máquinas agrícolas e produtos de alimentação. No comércio e na prestação de serviços tem mais de 1.000 empresas, constituindo-se um pólo regional.
     O potencial turístico e cultural de Ijuí possui destaque nacional, através do grande número de turistas visitando e participando de suas programações.










sábado, 22 de janeiro de 2011

São José do Norte-RS

Esta restinga conhecida antigamente, por “Península de Pernambuco” – fazendo parte do território mais tarde chamado de Capitania Del Rei, Província do Rei, Capitania do Rio Grande, Capitania do Rio Grande do São Pedro, entre outros, hoje Estado do Rio Grande do Sul – era primitivamente habitada por índios carijós, charruas, minuanos.
  Os desbravadores desta região foram Cristóvão Pereira de Abreu, considerado por muitos como fundador, e João de Magalhães com sua tropa chegou, na região, entre 1720 e 1725. Era tropeiro, mais tarde tornou-se estancieiro e sua importância para a região foi marcada por designações, como: ponta de Cristóvão Pereira, “língua” de terra que avança na Laguna dos Patos, dentro da gleba chamada hoje, de “Rincão de Cristóvão Pereira”, atual município de Mostardas. É ele também relacionado com a origem da freguesia de Mostardas. Entende-se por “freguesia” povoado formado em torno de capelas.


  Brito Peixoto, governador de Laguna, mandou seu genro João de Magalhães e seus homens os quase formavam a conhecida “Frota de Magalhães”, estabelecer um posto de vigilância na margem setentrional do canal, na chamada “Barranca do Norte”, provavelmente no local da atual cidade de São José do Norte, para assegurar a posse da barra, impedir a entrada de espanhóis e garantir o comércio de gado francamente praticado por dezenas de tropeiros. Estes conduziam centenas de cabeças, ao longo do litoral, rumando a São Paulo, de onde as reses seriam dirigidas para o trabalho nas áreas da mineração.   Permaneceu João de Magalhães, nesse local, de 1725 a 1733.
  Foi o primeiro posto de vigilância no Rio Grande do Sul e marcou, sem dúvida, o inicio da ocupação no local, já que deve ter servido, entre outros, de apoio a uma série de pousos e currais entre a barra do Rio Grande e o rio Tramandaí.
  Os primitivos habitantes do município foram os índios carijós, charruas e minuanos, cuja antiga presença é lembrada em histórias que o povo conta e por utensílios usados pelos índios que são trazidos à luz pelo arado do lavrador ou desenterrados pelo vento que sopra na região.
  Depois de 1732, as terras do Rio Grande do Sul começaram a atrair os povoadores que se tornaram os primeiros fazendeiros. Eram os lagumistas de Brito Peixoto que vinham descendo e povoando as terras virgens do Rio Grande do Sul. Vieram também, alguns paulistas e mineiros, na sua maioria, tropeiros.
  Com a chegada de Silva Paes e a fundação oficial de Rio Grande, em 1737, toda a região foi beneficiada. Um dos primeiros atos do brigadeiro foi a criação da Fazenda Real de Bujuru, em 1738, atualmente, 3° distrito do município de São José do Norte, com a finalidade de criar gado. Provenientes das ilhas dos Açores, vieram os casais açorianos que se fixaram no Estreito e em Mostardas, para desenvolverem a agricultura.
  Em 1750 foi construída, na localidade do Estreito, a Igreja Nossa Senhora da Conceição, a primeira do município e também Matriz e a Igreja de São José do Norte era uma dependência dessa Matriz.
  Quando a vila do Rio Grande, em 1763, foi tomada pelos espanhóis, a restinga recebeu os refugiados. Mas os espanhóis atravessaram o canal e ocuparam a “Barranca do Norte” e, com isso, os restantes penetram mais para o interior, surgindo às primeiras freguesias: Mostardas e Estreito. A povoação de Nossa Senhora da Conceição do Estreito foi elevada à freguesia em 1765.
  Com a criação do município de Mostardas, em 1963, passa a ser considerada, como primeiro núcleo de povoação do município de São José do Norte, a localidade do Estreito.
  A Carta Régia de 18 de abril e a Provisão Eclesiástica de 11 de março de 1822 elevam a Capela de São José do Norte à categoria de freguesia, conseqüência lógica do desenvolvimento da localidade.
  Por Decreto Regencial s/n, de 25 de outubro de 1831 foi criada a Vila de São José do Norte como sede do município do mesmo nome. A instalação do município deu-se em 15 de agosto de 1832.
  Em 31 de julho de 1841, durante a Revolução Farroupilha, suas ruas presenciaram a mais sangrenta das batalhas quando os farrapos de Bento Gonçalves foram repelidos pelas tropas legalistas do Coronel Antônio Soares de Paiva. Aos oito dias do mês de novembro de 1845, chega à Vila sua Majestade Imperial D. Pedro II para entregar, pessoalmente, o título de "Mui Heróica Villa" e, mais uma vez, ficou hospedado, tal como o pai, D. Pedro I, no sobradão de Maria Joaquina de Sá, que pertence atualmente a família Cunha.
  Pelo Decreto n° 7199, de 31 de março de 1938, São José do Norte foi elevada à categoria de cidade.
  Com a criação do município de Mostardas, em 26 de dezembro de 1963, o município perdeu os antigos distritos de Mostardas e São Simão.
  O município cresce: a estrada BR-101, já concluída, representa um formidável elo de ligação para a exploração, especialmente, da indústria turística.

  Seis lanchas, para o transporte de passageiros, fazem o trajeto ligando as duas cidades pelo canal Miguel da Cunha, e o mesmo acontece com a travessia de veículos, em duas balsas que operam por este canal. Se planeja a construção de um túnel ou ponte para a ligação com a cidade vizinha, Rio Grande, uma obra que certamente trará mais turismo e desenvolvimento para nossa cidade.

  São José do Norte, que dista cerca de 330 quilômetros da Capital do Estado, tem uma população estimada em aproximadamente 25 mil pessoas
  O município é povoado por famílias descendentes de imigrantes europeus, com destaque para o português, mas onde se pode encontrar, com relativa facilidade ingleses, holandeses, libaneses e italianos, entre outros. 

        

                


                    

                   

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Cachoeirinha do Sul-RS

        Cachoeira do Sul é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Sul, sendo o quinto mais antigo do estado, emancipado da cidade de Rio Pardo e instalado em 1820. A origem de seu nome se deve a uma antiga cachoeira existente no Rio Jacuí, porém em seu lugar foi construída a Ponte do Fandango. É considerado uma das quatorze capitais farroupilhas.
      Localiza-se na Mesorregião do Centro Oriental Rio-Grandense e na Microrregião de Cachoeira do Sul. Fisiograficamente, está na Depressão Central do Rio Grande do Sul, na área compreendida como Vale do Jacuí,[6]além de ser a principal e maior cidade do           Conselho Regional de Desenvolvimento do Jacuí Centro e da Diocese de Cachoeira do Sul.
Atinge uma altitude média de 26 metros ao nível do mar. Encontra-se às margens da Rodovia Transbrasiliana (BR-153) e distancia-se 196 km da capital estadual, Porto Alegre. Em 2007, possui uma população de 86.557 habitantes,[7] sendo a maior cidade às margens do Rio Jacuí e tendo um de seus apelidos como "Princesa do Jacuí".
Cachoeira também ostenta o título de "Capital Nacional do Arroz", devido aos seus laços históricos com este grão. Em comemoração a isso, a cidade sedia a Feira Nacional do Arroz (Fenarroz), o maior evento orizícola das Américas e o segundo no mundo.[8] O município também é o maior produtor de noz-pecã da América Latina.Possui diversos pontos turísticos dentre os quais pode-se citar o Château d'Eau (cartão-postal da cidade) e a Ponte do Fandango, primeira ponte-barragem construída no Brasil, sobre o Rio Jacuí.

                                   Catedral Nossa Senhora da Conceição
                           


                                    Ficheiro:Chateau deau anos 20
                

                                                Ficheiro:Trevo
              

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Parques da Cidade de Passo Fundo

Parque Turístico da Roselândia

Parque Turístico da Roselândia

A Roselândia está localizada na zona sul de Passo Fundo, junto ao distrito de São Roque, sendo uma região coberta de vegetação nativa, com declives acentuados, onde se encontram uma bela cachoeira formada pelo riacho Paiol da Telha. O nome Roselândia foi dado pelo senhor Irady Laimer, proprietário dessa área que em 1970 lá iniciou o cultivo de rosas. A partir de então diversos clubes da cidade aí estabeleceram suas sedes campestres; foi criado o kartódromo, passou a sediar o Rodeio Internacional de Passo Fundo e hoje, com a mais completa infra-estrutura, é conhecido como Parque Turístico da Roselândia.

Parque da Gare
Parque da Gare
 
Com diversas atividades artísticas e feira de artesanato. Quando a antiga estação férrea deslocou-se do centro da cidade, abriu-se uma avenida para a criação do parque. O prédio da antiga Gare foi preservado e hoje abriga diversas associações, um posto da Brigada Militar e a feira de produtores. É do mirante da Gare que se vislumbra o mais belo pôr-do-sol de Passo Fundo.



Reserva Maragato
Parque rural que ofereçe galpão com fogo de chão, camping, alimentação completa, sala de estar com lareira, participação na lida, sala de eventos para 60 pessoas e trilha ecológica.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Usina do Gasômetro -Porto Alegre RS

Gestação Cultural Usina das Artes:
A iniciativa está gerando, desde março de 2005 espaço de referência fixo para dezesseis Companhias de Teatro e Dança e para dez outras Companhias convidadas. Estão sendo criadas quatro oficinas permanentes voltadas ao espetáculo: luz, cenografia, figurino e produção. O conjunto das oficinas funciona como base de produção para um espetáculo por cada mês. A previsão da organização é que ao final do projeto, um  público de 70 mil pessoas tenha assistido aos espetáculos.


Espaço

Administrada pela Prefeitura, conta com espaços para exposições no térreo, como a Galeria Iberê Camargo e a Galeria dos Arcos, esta última exclusiva para mostras fotográficas. No segundo andar está a Sala Elis Regina, com 745m², que a partir de janeiro de 2008 será transformada num verdadeiro teatro a homenagear uma das maiores de todas as cantoras brasileiras.








                      História
No dia 15 de novembro de 1928, era inaugurada uma das primeiras edificações em concreto armado do Estado, projetada para gerar energia elétrica à base de carvão mineral para Porto Alegre. Em novembro de 2008, a Usina do Gasômetro completa 80 anos e se caracteriza como um dos principais centros culturais da capital gaúcha.

A Usina forneceu energia elétrica à base de carvão mineral para Porto Alegre de 1928 a 1974, quando foi desativada. Sua importância histórica é inegável, sendo palco da industrialização ainda incipiente no Brasil. O projeto veio da Inglaterra, assim como todas as máquinas e materiais.

Sua edificação aconteceu na chamada Praia do Arsenal e, próximo a ela, na antiga Rua Pantaleão Telles - atual Washington Luiz -, havia outra edificação desde 1874: a Usina de Gás, o Gasômetro. Popularmente, o perímetro entre as ruas Pantaleão e General Salustiano era chamado de "volta do Gasômetro", eis o porquê do prédio receber esta denominação.

A famosa chaminé foi construída em 1937, devido às reclamações dos moradores pela nuvem de fuligem provocada com a queima do carvão. A mobilização da sociedade impediu sua demolição, que visava à passagem de uma avenida pelo local. Em 1989, a Prefeitura indicou o prédio como Espaço Cultural do Trabalho e, a partir de 1991, seus 18.000m² de área total foram abertos à população.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Igrejinha

Ficheiro:Igrejinha 1930

  

  Em 1814 foi concedida a Antônio Borges de Almeida Leães uma sesmaria que compreendia os atuais territórios de Taquara, de Igrejinha e de Três Coroas. Em 1845, Tristão José Monteiro adquiriu a sesmaria e criou a Colônia de Santa Maria do Mundo Novo. A partir de 1846, muitos colonos alemães, vindos de São Leopoldo e diretamente da Alemanha, fixaram-se nessa Colônia e, aos poucos se espalharam pelas margens do rio Santa Maria (hoje Rio Paranhana), rumo ao norte. Grandes partes de terra dessa Colônia foram vendidas a baixo preço aos novos colonizadores, os quais encontraram muitas dificuldades quanto ao cultivo do solo. O rio era o único meio de escoamento dos produtos colhidos na região, os quais eram transportados em pequenos barcos até Sapiranga, onde eram distribuídos.[1]
  A Colônia dividia-se em três seções: Baixa Santa Maria – hoje Taquara, Média Santa Maria – hoje Igrejinha : Alta Santa Maria – hoje Três Coroas. Devido as rivalidades existentes entre os colonos alemães foram criadas novas denominações pejorativas a estes locais: a seção do sul chamaram em seu dialeto de Mau canto, a do meio, de Ruela dos Judeus (em alemão: Judengasse) e a mais ao norte de Terra Relaxada.
Foi na Média Santa Maria, que Tristão Monteiro construiu uma grande casa de alvenaria em estilo Português, a chamada "Casa de Pedra". Esta casa foi construída para instalar a capatazia e o armazém de abastecimento dos primeiros colonos e do pessoal que procedia a medição das terras do vale.
Nesta época ocorreram diversos e sangrentos conflitos entre imigrantes e índios, acarretando na completa exterminação dos caigangues na região. O conflito mais conhecido é chamado de Tragédia da família Waterpull,onde os índios atacaram a fazenda da família, mataram os homens e sequestraram as mulheres. Este sequestro somente terminou através de uma operação do Exército Imperial Brasileiro.

Casa de pedra


Ficheiro:Igreja-Grabriel-Igrejinha
Ficheiro:Igreja-Grabriel-Igrejinha.jpg

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Pontos Turísticos de Cachoeira do Sul

Château d'Eau



É o principal ponto turístico da cidade. Seu antigo
objetivo era ser um reservatório de água para a cidade, tendo inclusive sido desativado em 1980. Atualmente, o Château d'Eau é considerado patrimônio cultural do estado do Rio Grande do Sul, formando um dos mais belos conjuntos arquitetônicos do estado.

Catedral Nossa Senhora da Conceição



Inaugurada em 1799, a Catedral Nossa Senhora da Conceição está localizada na frente do Château d'Eau. É um dos símbolos da
história do Rio Grande do Sul.

Ponte do Fandango



Foi construída para facilitar o acessa da
cidadã à capital Porto Alegre. A Ponte do Fandango foi a primeira ponte-barragem do Brasil e na época, a segunda maior do mundo.

domingo, 16 de janeiro de 2011

História de Aceguá

 
Cavalo de pedra

Aceguá é uma palavra de origem Guarani que significa "Local de descanso eterno". Pela altura do terreno (serra de Aceguá) possivelmente tenha sido escolhido o local que os indígenas habitantes desta zona utilizavam para enterrar seus mortos. Conta-se que há mais de 150 anos já havia famílias estabelecidas nesta localidade e imediações.

 
Praça Internacional

Em 1863 surge, no parlamento Uruguaio, uma lei criando o Pluebo Juncal, onde hoje é Aceguá. Posteriormente passou a denominar-se Povo Almeida em homenagem as primeiras famílias no local. Por volta de 1941 começaram a falar em Povo Aceguá, denominação que permanece até os dias de hoje. Em 1986, por iniciativa da Comissão de Cultura de Aceguá, em contato com representantes nacionais, o Parlamento Uruguaio promulga a lei que eleva o Povo de Aceguá a categoria de Vila.


 
Rio Jaguarão

Pontos Turísticos de Tramandaí

sábado, 15 de janeiro de 2011

Bagé-RS



 Praça Silveira Martins




O atual município de Bagé teve o seu primeiro contato com o homem europeu no final do século XVII, entre 1683 e 1690, quando os padres jesuítas, após fundarem São Miguel, um dos Sete Povos das Missões, avançaram até a região, estabelecendo uma redução, que chamaram de Santo André dos Guenoas. Os índios, que os padres pretendiam catequizar, rebeldes em relação aos homens brancos e aos índios missionários, destruíram a redução.
Desde então, o município vem servindo de palco para diversos enfrentamentos, como o ocorrido em 1752, quando 600 índios charruas, comandados por Sepé Tiarajú, rechaçaram os enviados das coroas de Portugal e Espanha que, amparados no tratado de Madri, assinado dois anos antes, regulamentando os limites territoriais dos dois impérios na América do Sul, vieram para estabelecer as fronteiras..
Em 1773, D. João José de Vertiz y Salcedo, vice-rei de Buenos Aires, com cinco mil homens, saiu do Prata, atravessou o Uruguai e, chegando aos contrafortes da Serra Geral, construiu o Forte Santa Tecla, do qual ainda existem as ruínas e que foi demolido e arrasado em dois combates. Cercado por um fosso de nove metros de largura e 2,5 de profundidade, muralha de três metros de altura, o forte tinha baluartes que alcançavam 5,5 metros.
 
Na área do município, o general Antonio de Souza Neto, em violento combate, conhecido como a “Batalha do Seival”, derrotou as forças legalistas e, no dia seguinte, proclamou a República Riograndense.
Na Revolução de 1893, quando os federalistas reagiram à ascensão dos republicanos, Gomercindo Saraiva invadiu o Rio Grande do Sul pelo rio Jaguarão e, no Passo do Salsinho, foi travado o primeiro combate. O município testemunhou combates das Traíras, o “Cerco do Rio Negro” e o “Sítio de Bagé”. No Rio Negro, 300 prisioneiros foram degolados, sem poderem esboçar defesa.
O atual município de Bagé teve o seu primeiro contato com o homem europeu no final do século XVII, entre 1683 e 1690, quando os padres jesuítas, após fundarem São Miguel, um dos Sete Povos das Missões, avançaram até a região, estabelecendo uma redução, que chamaram de Santo André dos Guenoas. Os índios, que os padres pretendiam catequizar, rebeldes em relação aos homens brancos e aos índios missionários, destruíram a redução.
Desde então, o município vem servindo de palco para diversos enfrentamentos, como o ocorrido em 1752, quando 600 índios charruas, comandados por Sepé Tiarajú, rechaçaram os enviados das coroas de Portugal e Espanha que, amparados no tratado de Madri, assinado dois anos antes, regulamentando os limites territoriais dos dois impérios na América do Sul, vieram para estabelecer as fronteiras..
Em 1773, D. João José de Vertiz y Salcedo, vice-rei de Buenos Aires, com cinco mil homens, saiu do Prata, atravessou o Uruguai e, chegando aos contrafortes da Serra Geral, construiu o Forte Santa Tecla, do qual ainda existem as ruínas e que foi demolido e arrasado em dois combates. Cercado por um fosso de nove metros de largura e 2,5 de profundidade, muralha de três metros de altura, o forte tinha baluartes que alcançavam 5,5 metros.
 
Na área do município, o general Antonio de Souza Neto, em violento combate, conhecido como a “Batalha do Seival”, derrotou as forças legalistas e, no dia seguinte, proclamou a República Riograndense.
Na Revolução de 1893, quando os federalistas reagiram à ascensão dos republicanos, Gomercindo Saraiva invadiu o Rio Grande do Sul pelo rio Jaguarão e, no Passo do Salsinho, foi travado o primeiro combate. O município testemunhou combates das Traíras, o “Cerco do Rio Negro” e o “Sítio de Bagé”. No Rio Negro, 300 prisioneiros foram degolados, sem poderem esboçar defesa.